quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Saindo do escuro



Eu nunca tive medo de dentista, mas sabe uma coisa que eu queria distância? Ir ao endócrinologista.

Eu tenho lembranças desde criança das idas ao endócrino. O que me chateava era a impressão de que sempre falavam a mesma coisa: "Gustavo, você tá muito acima do peso. Precisa emagrecer."

Aquilo me cansava. "Hã? Você acha que estou acima do peso? Meu espelho também acha, minha mãe reclama e minha vó então..."

Fazia um tempão que eu não ia. E no começo de 2010, ainda na cadeira de rodas pra sair de casa, lá vem a senhora minha mãe decretando: "Tem mais consultas marcadas pra gente, viu (eu já tinha passado pelo cardiologista) A próxima é com um endócrinologista." Eu respondi prontamente: "EU NÃO VOU." Ela: "Vai sim, bla bla, pressão alta, bla bla, o filho da minha colega perdeu 40kg, etc etc etc..." (Bla bla no sentido mais amoroso que se possa apresentar.

Fui lá. E lembrei que naquele dia tinha oftalmo também. Fiquei na sala de espera e o médico aparece, dizendo que ia trocar para uma sala reserva, pois para chegar na dele teria que subir escadas. Eu estava distraído e quando ele falou comigo no primeiro momento, achava que ele era o oftamologista. Já dentro da sala, depois de explicar a trama do pé imobilizado, ele veio com as perguntas chaves: peso, altura... Ficha caiu, né?

Todo torto pesei-me, mediu-se e olha só o resultado: eu precisava emagrecer! O Dr. Eduardo Araújo - falarei mais sobre ele em postagens próximas - comentou que eu estava com obesidade grau III, não estava indicando, mas já era o perfil para uma possível redução de estômago.

Gente, eu não tinha coragem nem pra fazer uma pequena cirurgia para reparar os ligamentos rompidos do tornozelo, imagine uma cirurgia dessa natureza?

Então conversamos sobre hábitos, ele fez questão de esclarecer ponto por ponto, muito cuidadoso, recebi orientações alimentares e algo novo e cintilante estava acontecendo...

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